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Como usar categorias e tags ao publicar um post?

Se você publica posts em seu blog no WordPress, você já deve ter notado que existem os campos categorias e tags que você pode preencher. Neste artigo vamos explorar as diferenças entre eles e entender como usar corretamente cada um.

Entendendo taxonomias

Antes de qualquer coisa, é importante entender que tanto as categorias quanto as tags são o que chamamos de taxonomias. No WordPress, as taxonomias são usadas para classificar os conteúdos. Inclusive, é possível criar novas taxonomias se for relevante.

Por exemplo: imagine que você tem um site de receitas e você queira separar receitas fáceis, intermediárias e difíceis. Nesse caso, é possível criar uma taxonomia chamada “dificuldade” e agrupar as receitas de acordo.

Sabendo disso, entendemos que o WordPress é uma ferramenta flexível e que não há uma obrigação de usar categorias, tags ou qualquer outra taxonomia. Por padrão, o WordPress vem com categorias e tags pré-definidas para facilitar, mas se não fizer sentido para você, você não precisa usa-las.

As vantagens de usar taxonomias

Vamos entender por quais razões é interessante usar taxonomias na classificação do conteúdo do seu site.

Experiência do usuário

A experiência do usuário é o principal motivo para usar um bom sistema de taxonomia.

Vamos voltar ao exemplo do site de receitas. Se coloque no lugar do usuário e imagine que você está procurando uma receita fácil de bolo. Ao entrar no site, você vai ver uma porção de receitas listadas. Usando uma taxonomia de “tipos de pratos”, você poderia encontrar facilmente todos os bolos do site e com a taxonomia “dificuldade”, seria possível filtrar apenas os bolos que são fáceis.

Usar as taxonomias para navegar no site facilita a vida do usuário, principalmente se ele não souber exatamente o que ele está procurando.

Em outro exemplo, se o usuário de uma loja online quer comprar uma camiseta preta, ele poderia simplesmente digitar camiseta preta na busca. Mas se ele quer descobrir uma camiseta diferente, ele pode selecionar a taxonomia de categoria de produtos para ver todas as camisetas que o site vende.

Outro caso pode ser o de conteúdo relacionado. Imagine que seu usuário leu um texto que gostou no seu site e quer ler mais conteúdo relacionado. É bem possível que ele acesse a categoria à qual este post pertence para ver outros textos próximos.

No caso de um blog, é importante se perguntar se suas taxonomias serão úteis para o usuário e se ele vai conseguir achar informações facilmente por causa delas.

SEO

Pensando em otimização para mecanismos de busca como o Google, as taxonomias podem ajudar.

Isso acontece porque sempre que você cria um termo de taxonomia (exemplo: “bolos” na lista de “tipos de pratos” ou “camisetas” na lista de “categorias de produtos”), o WordPress vai automaticamente criar uma página para esse termo. Essa página própria vai listar todos os conteúdos existentes relacionados ao termo.

Quando o Google está indexando seu site, ele vai acessar essa página e ver vários posts relacionados e, dessa forma, vai entender que o conteúdo desses posts está conectado com um assunto específico.

Por isso, se alguém pesquisar no Google por “receitas de bolo”, ao invés de mostrar o link da sua “receita de bolo de chocolate” ou “receita de bolo de cenoura”, ele pode priorizar a página da categoria “bolos” que relaciona várias outras páginas parecidas.

Note que é possível adicionar uma descrição personalizada para suas categorias/tags ou até mesmo imagens e outras informações úteis para deixar a página da categoria/tag mais rica. Quanto mais conteúdo a página tiver, mais chances do Google dar atenção para ela. Da mesma forma, não é muito vantajoso criar centenas de categorias/tags que tenham apenas um post cada e sem nenhuma descrição ou informação adicional. Essas páginas seriam muito pobres para o Google destacar.

Organização interna

Por fim, alguns sites podem usar taxonomias como uma forma de organização interna do conteúdo. Eu já lidei com situações onde o blog tinha uma taxonomia chamada “relevância” e os autores do blog classificavam os posts entre “conteúdo de topo de funil”, “conteúdo estratégico” ou “conteúdo de conversão”.

Nesse caso, as taxonomias não eram públicas, mas ajudavam na organização interna dos autores e editores.

Qual é sua lógica de conteúdo?

Para decidir como usar suas categorias e tags, é importante ter uma boa lógica de conteúdo. Não existe uma regra obrigatória que sempre deve ser seguida em qualquer site, mas é muito importante que o seu site tenha uma regra interna para garantir uma consistência.

Abaixo eu descrevo uma sugestão de uso das categorias e das tags que pode ser usada como base para um blog convencional. Você pode adaptar ao seu site.

Categorias: as editorias do seu conteúdo

Eu gosto de definir as categorias do blog como editorias de um jornal.

No jornalismo, editorias são as seções que separavam um jornal físico, como “política”, “esportes” ou “variedades”. A pessoa que quer saber sobre que está passando no cinema iria direto para a editoria de “cultura”, por exemplo. Até hoje, em jornais online, o conteúdo ainda é dividido dessa forma.

Nesse caso, minha recomendação é analisar quais tipos de conteúdo que o seu blog vai publicar ou já publicou e tentar organizar esse conteúdo em grupos bem definidos. Depois de definir algumas categorias, você vai se limitar a elas, evitando criar novas categorias à toa. Pense que as categorias agrupam o seu conteúdo, então não faz sentido ter 50 categorias com um ou dois posts cada. Muito melhor ter o contrário, poucas categorias com muitos posts cada. Além disso, um mesmo post pode estar em mais de uma categoria, mas talvez não faça muito sentido ele estar presente em muitas categorias ao mesmo tempo já que normalmente são poucas categorias listadas.

Também é legal notar que, tendo essas editorias bem definidas, isso pode ajudar no seu planejamento de conteúdo. Você pode analisar quais categorias não têm novos conteúdos há mais tempo e priorizar a criação de conteúdo para elas.

Tags: os temas do seu conteúdo

Já as tags podem ser usadas com mais flexibilidade, como se fossem palavras-chave de um conteúdo. Se as categorias agrupam o conteúdo em “grandes assuntos”, as tags podem servir para relacionar temas entre posts.

Imagine que seu blog fala sobre cinema e você tem uma categoria de “Notícias”. Nessa categoria será fácil encontrar várias notícias sobre filmes que estão sendo produzidos. Mas como encontrar todos os artigos que citam filmes do Tarantino? As tags seriam úteis nesse caso, já que dá pra criar uma tag “tarantino” e adicionar em todas as notícias que falam desse diretor.

Diferentemente das categorias, um mesmo post pode ter diversas tags, quantas for necessário. Além disso não vejo problema em criar novas tags a medida que novos temas forem surgindo. Algumas tags vão acabar tendo poucos posts, mas aos poucos, conforme seu site for crescendo, essas tags vão ganhando novos conteúdos e sua relevância vai aumentando.

Minha única dica é tomar cuidado ao criar novas tags para checar se já não existem tags parecidas. Por exemplo, se o site já tem a tag “Quentin Tarantino”, não faz sentido criar uma nova tag só com o sobrenome “Tarantino”. Dessa forma, você estaria separando conteúdos que deveriam estar relacionados.


É importante lembrar que essas regras não são obrigatórias e podem variar de acordo com o desenvolvimento do seu site. Também é possível criar novas taxonomias para funções específicas se for necessário. Na dúvida, converse com o desenvolvedor do seu site para encontrar a melhor solução.

Por fim, minha dica é definir uma lógica para o seu conteúdo e fazer um esforço para seguir essa lógica internamente.

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